Como mais um post da série sobre o mercado cripto, neste post irei abordar o assunto das exchanges - as corretoras de criptomoedas, que são a porta que dá acesso ao mundo das criptos. Se você é novo neste mercado e não sabe como funciona, recomendo acessar os links abaixo para entender melhor este universo.
O investimento em criptomoedas passa pelas exchanges, as quais permitem a troca de moeda fiduciária (papel moeda) por alguns cripto ativos, geralmente bitcoin, ethereum, e algumas outras. As corretoras só permitem a troca de dinheiro por algumas criptos, geralmente as maiores do mercado, e aí que entram os tais pares de troca das moedas, que então te dão acesso à outras criptomoedas. Por exemplo, você aporta por meio do PIX, R$100 numa corretora. Ao cair na 'conta' da corretora seu saldo em reais, você então agora pode fazer a troca do dinheiro por bitcoin. A partir daí então, você pode comprar outras criptomoedas por meio dos pares de troca, como por exemplo BTC/MIOTA. Você utiliza seus bitcoins para trocar por outra cripto, MIOTA no exemplo. Então, para obter outras criptomoedas, você obrigatoriamente passará pelas trocas. Mas não se intimide, o processo é extremamente simples.
As exchanges são empresas extremamente dinâmicas, disponibilizam diversas formas de investimento, segurança e diversidade de pares de moedas para realizar os câmbios. No Brasil, existem algumas corretoras como a Foxbit, a MercadoBitcoin, Novadax, entre outras. Infelizmente, como quase tudo no Brasil, as opções por aqui são ridículas, tanto na questão da diversidade de pares de moedas quanto na segurança de acesso as contas. As corretoras brasileiras permitem o investimento por meio tanto de TEDs quanto por PIX. Já com relação aos pares de moedas, a quantidade é muito, mas muito pequena, se comparado às demais corretoras estrangeiras. Na mercado bitcoin, é possível investir em precatórios por meio de tokens, um grande diferencial com relação as demais corretoras.
Mas como dito, estas empresas são extremamente dinâmicas. É possível abrir uma conta em corretoras estrangeiras, o que dá acesso a grande diversidade de moedas (pares) e outros tipos de investimentos, como juros ao emprestar ou 'stakar' moedas. Na maioria delas, o aporte se faz por meio de transferência de bitcoin, porém, no caso da Binance - corretora sul coreana e a maior do mundo, é possível fazer aportes por meio de TEDs, PIX e até mesmo cartões de crédito. A Binance abre um mundo de oportunidades, disponibilizando milhares de pares de moedas, o que permite o acesso a milhares de cripto ativos que não é possível por meio das corretoras nacionais. Muitas oportunidades, e as melhores delas, estão em criptomoedas pequenas mas com altíssimo potencial de valorização, e você só consegue acesso a elas por meio de corretoras estrangeiras.
Por exemplo, a criptomoeda Theta TV saiu de aproximadamente US$0,19 para os atuais US$8,70 - ou seja - cerca de 4500%. Isso significa uma multiplicação de 45 vezes o capital investido.
Obviamente que são investimentos de alto risco, porém como todo tipo de investimento, requer o bom senso e a aplicação dos princípios básicos, que são a diversificação e a gestão dos riscos. Ou seja, em ativos altamente arriscados, você deve investir uma quantia sempre bem baixa. Quanto maior o risco, menor o investimento.
A diversificação é fantástica e recompensa quem se permite arriscar. R$100 reais investidos em Theta, por exemplo, se transformariam em R$4500 reais. Caso o investimento fosse perdido, seriam "apenas" R$100. O risco-retorno vale a pena com a correta gestão de risco.
Voltando ao tema exchanges, é importante notar que nem todas as exchanges possuem listados todos os pares de criptomoedas disponíveis. Para saber em qual corretora você consegue investir em determinada criptomoeda, basta acessar o site CoinMarketCap, por exemplo, escolher a criptomoeda na busca e então clicar no botão "Market". Lá aparecerá os pares de moedas possíveis para a compra e em quais corretoras estão disponíveis as trocas.
Por fim, é importante ter em mente que as exchanges utilizam o que é chamado de hot wallets, carteiras que estão diretamente ligadas à internet. Isso é uma informação importante, pois as hot wallets, por estarem ligadas à rede mundial de computadores, são muito suscetíveis à roubos. Portanto, é fundamental ter bom senso e fazer a gestão do seu portfólio, evitando deixar quantias altas em carteiras nas corretoras. Além disso, é fundamental ativar todas as medidas de segurança adicionais disponíveis em cada exchange, seja por meio de códigos recebidos pelo celular, e-mail, TOTP e até chaves de segurança. Ative tudo o que for possível de segurança adicional que a corretora permitir, assim você aumenta sua segurança, lembrando sempre que o ideal é possuir uma harware wallet - também conhecida como cold wallet - que não se conectam à internet.
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